Microeconomia 1
Diz a teoria económica que a curva da procura é negativamente inclinada. Significa isto que a quantidade procurada de um mesmo produto diminui quanto maior é o preço desse produto, ceteris paribus (ou em português, mantendo tudo o resto constante).
Este é uma das modelizações básicas da microeconomia e está presente em quase tudo o que a teoria económica diz.
É um modelo, como tal, vale o que vale, mas tenho que afirmar que é um modelo bastante robusto.
É nesta altura que o aluno espertalhão levanta o braço e diz cheio de autoridade: "Mas oh Sr. Professor! Os relógios quanto mais caros são, mais as pessoas querem comprar !!! Ninguém compra relógios baratos, mas os rolexes upa upa !!!"
Se fosse a mim, depois de o chicotear e lhe pôr orelhas de burro, perguntava-lhe qual era a parte de o MESMO PRODUTO que ele não estava a perceber. Mas o Sr. Professor explicaria: há as cebolas, e há os relógios que parecem caros. São dois produtos diferentes, e se analisarmos cada um separadamente, o modelo adere. Porque na prática é isso que vemos. Se um pato bravo está disposto a dar uns jabardilhões pelo primeiro rolex para ir mostrar à prostituta brasileira do bar de alterna que ele frequenta, pelo segundo, já são uns jabardilhões menos um bocado, porque já não consegue o mesmo impacto que o primeiro, o terceiro então nem um beijinho vale, e o quarto ainda dá menos por ele que à cebola de que falamos acima.
O que está na origem de tão elaborado modelo são algumas assumpções base que são simples de perceber:
1 - Por mais que tentemos, o dinheiro não dá para tudo;
2 - Ele há uma quantidade óptima de tudo que eu estou disposto a consumir, contudo, sou muito infeliz porque não tenho capacidade para atingir essa quantidade;
3 - Prefiro combinações de produtos do que um produto só;
Mete-se no misturador, sacam-se umas optimizações matemáticas, e sai uma curva da procura negativamente inclinada, depois de se chumbarem uns quantos alunos em microeconomia intermédia.
Este é uma das modelizações básicas da microeconomia e está presente em quase tudo o que a teoria económica diz.
É um modelo, como tal, vale o que vale, mas tenho que afirmar que é um modelo bastante robusto.
É nesta altura que o aluno espertalhão levanta o braço e diz cheio de autoridade: "Mas oh Sr. Professor! Os relógios quanto mais caros são, mais as pessoas querem comprar !!! Ninguém compra relógios baratos, mas os rolexes upa upa !!!"
Se fosse a mim, depois de o chicotear e lhe pôr orelhas de burro, perguntava-lhe qual era a parte de o MESMO PRODUTO que ele não estava a perceber. Mas o Sr. Professor explicaria: há as cebolas, e há os relógios que parecem caros. São dois produtos diferentes, e se analisarmos cada um separadamente, o modelo adere. Porque na prática é isso que vemos. Se um pato bravo está disposto a dar uns jabardilhões pelo primeiro rolex para ir mostrar à prostituta brasileira do bar de alterna que ele frequenta, pelo segundo, já são uns jabardilhões menos um bocado, porque já não consegue o mesmo impacto que o primeiro, o terceiro então nem um beijinho vale, e o quarto ainda dá menos por ele que à cebola de que falamos acima.
O que está na origem de tão elaborado modelo são algumas assumpções base que são simples de perceber:
1 - Por mais que tentemos, o dinheiro não dá para tudo;
2 - Ele há uma quantidade óptima de tudo que eu estou disposto a consumir, contudo, sou muito infeliz porque não tenho capacidade para atingir essa quantidade;
3 - Prefiro combinações de produtos do que um produto só;
Mete-se no misturador, sacam-se umas optimizações matemáticas, e sai uma curva da procura negativamente inclinada, depois de se chumbarem uns quantos alunos em microeconomia intermédia.
2 Comments:
Olha que o mercado dos vinhos às vezes contraria isto.
Especialmente em Portugal, só se vende ou vinho rasca, ou vinho caro.
Vinhos entre os 10-15€ quase não vendem. Então, por vezes, as empresas disparam o preço para os 30€ e alguns caramelos que não pescam nada de vinhos já compram pq como é caro supoem q é bom.
Mang, não te dou essa de borla.
Pensa em Monte Velho.
Se está a 10 Euros a garrafa e queres uma garrafa para o jantar, só compras uma e mesmo assim...
Se está a 1 Euro a garrafa, compras logo uma grade e convidas o ppl para virar aquilo como minis.
Se generalizas para o vinho português, entram as regiões, as castas, o camandro, o diabo a sete, e não consegues isolar os efeitos.
Contudo, dou-te de barato que alguns produtos podem ter incluído no "gosto" a variável preço. Mas isso é marketing. Isso é o trabalho de uns mangs fazer pensar o ppl que mais caro é bom. Mas estás a alterar a tua percepção face ao produto.
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