domingo, agosto 20, 2006

Paredes de Coura - Dia 1 - Tudo contra nós

No primeiro dia, com o descobrir onde fica o fim do mundo e estacionar carro e colocar pulseira, acabámos por perder o primeiro concerto, os White Rose Movement. Para as minhas primas estava tudo bem, porque queriam ver desesperadamente os Madrugada (e o Morrissey). Gostei do Gomez, assim assim dos noruegueses Madrugada. Fui surpreendido positivamente pelos Broken Social Scene. E pronto, Morrissey é Morrissey.

O concerto podia era ter-me corrido bem, mas não. Chovia. Fazia frio. Dado o tempo, a cerveja não apetecia. Enfim, não foi tão bom como podia ter sido.

O Morrissey parece ter saído a meio. Não acabou a última música. Toda a gente ficou apanhada de surpresa e não se evitou uma enorme vaia com a entrada dos homens para mudar o palco. Vedetas são assim.

De regresso ao carro, continuou o dia aziago. Com a chuva, a relva molhou. Com relva molhada, rodas patinam. Quando rodas patinam, carro não anda. Se não fosse um grupo de Espanhóis que saiam lá perto e se ofereceram para ajudar, acho que ainda hoje estava a tentar tirar o carro de cima dum bonito relvado Courense.

De regresso à casa alugada, resolvemos ir pela estrada nacional, ouvindo os FisherSpooner, que não vimos, tal era a chuva. E quase a chegar a Valença, damos com o trânsito parado (quase tudo espanhóis a regressar do festival). Sim, era acidente. Lá esperámos enquanto se resolveu a situação.

Chegando a Valença, deslumbrámo-nos com o fogo de artifício do encerramento das festas da Senhora do Faro. E mesmo mesmo quase a chegar à residencial e ao sono que precisava depois de ter atravessado meio Portugal, um polícia no meio da estrada indicava a direcção oposta à Residencial. Lá tivemos que esperar pelo fim da festa para estacionar e ir dormir. Era como se tudo tivesse contra nós.