quarta-feira, setembro 27, 2006

Greves

Ando a escrever com algum atraso, mas pronto, é do cansaço e dos jantares. A minha vida é muito complicada.

Estas últimas semanas foram afectadas em Lisboa por mais uma greve do metro. Uma greve é sempre algo de muito sério em que os trabalhadores manifestam de uma forma muito marcada que estão descontentes com algo que os afecta muito profundamente.

Penso sempre em salários em atraso, despedimentos, más condições laborais. Esse tipo de coisas que tem grande impacto na vida dos trabalhadores.

Alguém me explica o que é um acordo de empresa ?

Só mesmo em Portugal.

sábado, setembro 23, 2006

Teoria do Comportamento

Tenho uma matéria neste módulo do curso chamada Teoria do Comportamento. Quando li o nome veio-me imediatamente à ideia cães a salivar e Pavlov.

Mesmo que conseguisse abster-me da parte Teoria (que em qualquer curso que se queira útil é temeroso), o nome não inspirava confiança.

A realidade... é pior !!!

Cheguei atrasado à aula, como de costume. Aguentei os 10 minutos até ao intervalo a ouvir um chato a debitar banalidades sem interesse e fui-me embora. Esperam-me algumas horas de tortura chinesa com retorno nulo.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Gordon

Para além de nome de Gin, o Gordon foi o primeiro grande furacão de 2006 no Atlântico. Felizmente para nós, infelizmente para ele, foi um furacão que passou a maior parte do tempo no mar. Atravessou os Açores... e dirige-se alegremente para a Europa.

Cheguei a casa, humidade no ar, nuvens baixas, cheiro forte a mar...

Vamos ter chuva. Só espero que não me estrague o fim de semana de surf.

Felizmente, já perdeu a categoria de furacão e vai dar à costa com um simpático nome de tempestade extra-tropical. Ou chuva de início de Outono.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Ponte de Lima

Finalmente conheci as tão badaladas festas de Ponte de Lima patrocinadas por uma famosa cadeia de supermercados. E tenho que reconhecer que são excelentes.

Acho que nem os santos em Lisboa conseguem ter o mesmo ambiente que as Feiras Novas. A multidão, os rojões, a juventude, o arroz de sarrabulho, a música, o vinho verde, a cerveja.

Infelizmente, nunca estive tão perto de estar afónico, o que impediu a noite de ser das melhores de sempre.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Começaram

As aulas. Mais 3 meses de fins de semana só com 1 dia. E para começar em beleza, três faltas de seguida.

terça-feira, setembro 12, 2006

Sono

Tenho andado cansado demais e não me consigo levantar de manhã tão cedo como queria.

O ginásio sente a minha falta.

segunda-feira, setembro 11, 2006

11 Setembro

Faz hoje 5 anos que dois aviões chocaram com o WTC e a história do mundo mudou.

Daqui a 50 anos, obviamente, já nada disto terá importância, mas hoje, a comunicação social não fala de outra coisa.

domingo, setembro 10, 2006

A verdadeira história da Poncha Ep 1

Sem nada de especial para escrever nesta horrível rotina em que está a minha vida, aproveito para contar as estórias por detrás dessa bebida madeirense de nome Poncha.

Corria o ano de 1419, a Guerra dos 100 anos, que durou, como o nome indica, 116 anos, continuava a afectar a França. As estradas cada vez estavam mais intransitáveis, por causa dos bombardeamentos da aviação britânica, ou pelas frequentes greves dos condutores de carroças franceses. Assim, as meninas do leste europeu cada vez chegavam em menos número às praias lusitanas.

Foi por esta altura que o jovem Henrique, que, por causa das tripes com ácido, ganhou a alcunha de o Navegante, se mudou para Sagres com os seus companheiros da naite lisboeta para fugir aos dealers da capital. Obviamente, a história se encarregou de lhe mudar o nome para Henrique, o Navegador.

Ficaram muito tristes, porque nessa zona as casas da noite deixaram de ter as eslavas para animar o grupo por causa da guerra que assolava França. Assim sendo, pediu um iate ao seu pai para irem para as terras do Brasil, onde, dizia-se haviam mulheres ainda melhores que as eslavas. O pai, entretido a dar porrada nos monhés, por causa dos tapetes falsificado que comprara, acedeu ao pedido do filho boémio, e que não o chateasse mais com as suas desventuras marialvas.

Henrique acabou por não embarcar nessa viagem, preferindo o surf em Sagres e as noites da Kadoc. Mas embarcaram, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, dois fidalgos da corte e grandes amigos da borga do infante Henrique.

Pela altura do fim do ano avistaram terra. Pensando ter chegado ao Brasil e às suas mulatas, deram o nome à enseada onde desembarcaram de Porto do Prazer. Assim que descobriram o erro, inventaram uma desculpa e mudaram o nome para Porto Santo, nome que a ilha ainda hoje tem.

No ano seguinte voltaram a tentar e chegaram desta feita a uma ilha maior. Passaram a primeira noite a beber copos, eu diria garrafas, de um vinho generoso muito em voga nessa ilha, de nome vinho da Madeira. Em homenagem a esse vinho, deram à ilha o nome de Madeira.

No dia seguinte, ainda ressacados, foram convidados à corte da ilha. O rei era um tal de Jardim, senhor absoluto dessas paragens. O rei era uma pessoa bondosa, querido entre os nativos da ilha, grande amante do Vinho da Madeira, do Carnaval, da passagem de ano e de qualquer outra festividade local. Estava na moda por essa altura uma canção popular, que rezava “O Madeira é do Jardim, bis, Como ele não há igual bis”, uma clara alusão ao vinho generoso e à generosa capacidade do Jardim em aguentar a bebida.

Jardim, perante tão forte armada portuguesa estacionada na ilha (o iate real), perguntou o que queriam tão ilustres visitantes. Os dois foliões (o João e o Tristão), entraram no gozo e disseram que queriam a ilha para a coroa portuguesa. O Jardim, velha raposa, acedeu ao pedido com a condição de Lisboa pagar todos os anos tributo à coroa da ilha (ao Jardim). Felizmente para nós, não cometemos tal erro noutras colónias, sendo o modelo seguido posteriormente, o de serem as colónias a pagar tributo. Talvez por este facto a Madeira é uma das poucas colónias que ainda restam ao nosso império, tendo-se mantido até hoje a tradição de lhes pagar tributo.

Seguindo o conselho do Jardim, no final do ano, mudaram o iate para Câmara de Lobos, já que na capital, Funchal, era habitual incendiar os barcos lá ancorado para comemorar a entrada no novo ano. Hábito que perdura até hoje, como sabemos.

Aos poucos dias do novo ano de 1421, os nossos heróis zarparam para Lisboa, sem as mulatas, mas com muito vinho e uma ilha.

Antes de partirem, tiveram que cumprir a tradição de Câmara de Lobos. Beber a famosa Poncha. O nome deriva do Punch inglês, tal o soco que dá no estômago. A bebida na altura consistia de álcool puro destilado do vinho da Madeira. Os nossos amigos consideraram a bebida absolutamente intragável, habituados que estavam às aguardentes velhas feitas de vinho do Douro envelhecidas em carvalho. Aproveitaram laranjas que ainda sobraram no iate para fazer sumo e cortar os próximos copos da Poncha. Hábito que parece ter sido do agrado dos madeirenses que desde essa data acrescentam sumo de laranja às suas Ponchas.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Esse gajo chamado Mateus

Hoje sonhei que os clubes de futebol podiam livremente recorrer aos tribunais para esclarecimento das suas disputas. Assim sendo uma bela segunda feira o clube dos alguidares de baixo colocava uma demanda em tribunal em que o árbitro Manel das Couves tinha roubado um penalti no derbi local contra os alguidares de cima. O tribunal, ouvindo os testemunhos irrefutáveis dos espectadores do jogo, deu razão ao requerente e declarou a vitória do clube dos alguidares de baixo.

Por estes motivos óbvios, os países que percebem de futebol e que escreveram as regras do jogo, dizem que os clubes não podem recorrer aos tribunais comuns. Quer seja para determinar o resultado de um jogo, uma classificação ou para dizer que jogadores devem ou não devem jogar.

Acontece que havia um gajo chamado Mateus que não era profissional de futebol. Daí, não pode jogar na Primeira Liga Portuguesa. Concordo? Talvez não, cada qual deve ter a profissão que quer. Mas concordo que quando um clube faz batota, e usa uma decisão de um tribunal para jogar com o Mateus, deva ser sancionado.

Também concordo quando os clubes do estrangeiro dizem: "Ou vocês cumprem as regras, ou não jogamos com vocês. Não gostamos de batoteiros." É uma decisão nossa !!!

Portanto, não vejo porque se fala tanto desse gajo...