quinta-feira, agosto 31, 2006

O INDEPENDENTE

Sai amanhã a última edição d' O Independente.

Não que alguma vez tenha sido um leitor assíduo do jornal, mesmo tendo trabalhado lá. Mas fica a nota que se perde um icon dos anos 90 em Portugal.

quarta-feira, agosto 30, 2006

O Regresso

Hoje foi o regresso ao trabalho. Dia calmo para começar a ambientar ao ritmo elevado que se avizinha.

Saí cedo para saborear com calma as aventuras culinárias dos dias anteriores. A canja estava óptima.

terça-feira, agosto 29, 2006

Fim da festa

Pronto, acabou-se. Amanhã recomeça o trabalho. E posso dizer que estou com vontade. As férias cumpriram o seu papel regenerador... mas sem enganos... mais uns dias, semanas ou até mesmo meses não faziam mal nenhum.

Estes últimos dias, depois da surf trip, aproveitei para descansar. No verdadeiro sentido do termo. Dormir sem despertador, ir ao ginásio, almoçar, ir para a praia, ver TV e cozinhar !!!

No sábado tive uma festa de anos, e eu e um amigo pedimos uma churrascada. Quando vejo uma travessa enorme a vir, pensei que se tinham enganado. Mas não. Aquela brutalidade de carne era mesmo para nós. O meu amigo come muito pouco e eu tem dias, e aquele até era um dos dias de comer. Mas por muito que comêssemos, a montanha de carne não desapareceu. No fim da refeição, pedimos uma embalagem e trouxe a carne para casa.

Na segunda fui às compras refazer o stock de mantimentos para a casa. Antes de ir para Peniche, aproveitei para fazer aquelas coisas que só se fazem nas férias: descongelar o frigorífico. Assim, fiquei sem comida. Daí as compras de segunda feira, foram-no no verdadeiro sentido da palavra. E comprei algo que, quem me conhece sabe e eu próprio sei, não gosto. Um pimento !!

Estes dois dias passei-os a inventar pratos para fazer com carne que sobrou de um jantar e um pimento. A carne acabou-se hoje, mas ainda tenho ali mais uma refeição. O pimento ainda dá para mais uma salada.

Tenho a dizer que os pratos resultaram bem. Tirando hoje o jantar que ficou um bocado insonso. Já não usei a carne, usei um bocado de frango, e aproveitei para fazer uma canja. Espero que a canja tenha ficado boa, porque a salada de frango estava miserável. O pimento, como sempre, ficou de lado.

Amanhã, infelizmente, não há mais destas maluquices.

terça-feira, agosto 22, 2006

Paredes de Coura - Dia 3 - Dilúvio anunciado

O último dia do festival começou quase igual aos outros. Houve Sol, e o traje mais usual era o preto, contrariando o desportivo e os all star dos dias anteriores. Até a vaquinha insuflável, que no dia anterior usava impermeável, vinha com uma camisa preta e branca. E porquê ? Porque era o dia dos Bauhaus.

Os espanhóis vieram cedo, para ver os Catpeople. Os que encontrámos no parque estavam a preceito. Preto, piercings, cabelos espetados, e o melhor, o bacano com uma saia cor-de-rosa (em cima das meias pretas, claro).

Os Catpeople e os Shout Out Loud foram ok. Deitado no relvado a beber cerveja, a apanhar sol, souberam que nem ginjas. Depois vieram os maduros, que de tão maduros devem estar podres. A música é má, as letras parecem a rua sésamo, e o Zé Pedro já devia saber que tem uma voz horrível.

!!! Donde é que apareceram estes gajos ? Muito muito bom. Muito ritmo, muito divertido, muitos saltos. !!! lê-se chk chk chk. Ou Ah ah ah.

Os Cramps são psycobillys. Ou seja, tocam música rocabilly mas de uma maneira psicadélica. Têm um ar cavernoso, dentro do rocabilly. As minhas primas não gostaram. Eu não gostei, por causa do som demasiado rocabilly.

Depois vieram os Bauhaus. Seria certamente um grande concerto... não fora o dilúvio que se abateu em Coura.

domingo, agosto 20, 2006

Paredes de Coura - Dia 2 - Coura rula

O segundo dia acordou muito cinzento e chuvoso, fazendo prever o pior para a noite de concertos. Comprou-se um impermeável, almoçou-se, dormiu-se a sesta porque sim, estou de férias, e rumou-se a Paredes de Coura, sem antes encontrar um acidente na estrada nacional. Dejá Vu.

Chegámos ao anfiteatro da música quase ao mesmo tempo que os Vicious 5, depois de ter aproveitado uma bela ideia dos cafés Delta que aproveitou o clima para distribuir umas esponjas para o chão que bem jeito deram. Um bote de borracha fazia as delícias dos mais novos deslizando no relvado inclinado. Encontrou-se uns amigos das minhas primas de Vila Velha e enturmámos para ver os concertos do dia.

Os Vicious 5 pareceram-me bem melhores que no concerto dos Pixies - deve ser problema de expectativas. Os Eagle of Death Metal foram divertidos, o vocalista muito comunicativo e brincalhão puxava pelo crowd. Entretanto, o Sol furava as nuvens e a cerveja saia melhor. Os Gang of Four partiram um micro-ondas em palco. E para mim começou a noite.

Os Yeah Yeah Yeahs foram muito bons, tão bons que eu apostaria que seria o melhor concerto da noite. A vocalista desliza pelo palco, brinca com o público, seduz, faz grrrrrrrrr. É uma verdadeira leoa.

Mas depois vieram os Bloc Party. Quem não conhece, são os gajos da música da Vodafone. Eu tenho o CD deles, o Silent Alarm, mas parece um CD pop, sem garra nem energia. A melhor música deles (two more years), nem consta do album, nem em nenhum que eu conheça. Mas o concerto foi precisamente o contrário do album. Muita garra, muita energia, muita comunicação, aquele sotaque londrino engraçado, grandes músicas. Finalmente o encore e o fecho com os mais dois anos e See You next Year. De longe o melhor do festival.

Depois vieram os We are Scientists. Com um enorme morcego a servir de fundo, até posso dizer que são engraçados e se esforçaram por fazer um bom espectáculo. Tocaram uma música que eu conhecia cedo demais, e com isso a motivação para continuar esmoreceu mais um pouco. Além de que estava encharcado. Com o impermeável vestido, a transpiração não seca... logo com os pulos dos Yeah Yeah Yeahs e Bloc Party, não estava propriamente confortável.

Saímos a meio do concerto. Não houve surpresas essa noite. No dia em que encontrei mais gente conhecida. Não choveu.

Paredes de Coura - Dia 1 - Tudo contra nós

No primeiro dia, com o descobrir onde fica o fim do mundo e estacionar carro e colocar pulseira, acabámos por perder o primeiro concerto, os White Rose Movement. Para as minhas primas estava tudo bem, porque queriam ver desesperadamente os Madrugada (e o Morrissey). Gostei do Gomez, assim assim dos noruegueses Madrugada. Fui surpreendido positivamente pelos Broken Social Scene. E pronto, Morrissey é Morrissey.

O concerto podia era ter-me corrido bem, mas não. Chovia. Fazia frio. Dado o tempo, a cerveja não apetecia. Enfim, não foi tão bom como podia ter sido.

O Morrissey parece ter saído a meio. Não acabou a última música. Toda a gente ficou apanhada de surpresa e não se evitou uma enorme vaia com a entrada dos homens para mudar o palco. Vedetas são assim.

De regresso ao carro, continuou o dia aziago. Com a chuva, a relva molhou. Com relva molhada, rodas patinam. Quando rodas patinam, carro não anda. Se não fosse um grupo de Espanhóis que saiam lá perto e se ofereceram para ajudar, acho que ainda hoje estava a tentar tirar o carro de cima dum bonito relvado Courense.

De regresso à casa alugada, resolvemos ir pela estrada nacional, ouvindo os FisherSpooner, que não vimos, tal era a chuva. E quase a chegar a Valença, damos com o trânsito parado (quase tudo espanhóis a regressar do festival). Sim, era acidente. Lá esperámos enquanto se resolveu a situação.

Chegando a Valença, deslumbrámo-nos com o fogo de artifício do encerramento das festas da Senhora do Faro. E mesmo mesmo quase a chegar à residencial e ao sono que precisava depois de ter atravessado meio Portugal, um polícia no meio da estrada indicava a direcção oposta à Residencial. Lá tivemos que esperar pelo fim da festa para estacionar e ir dormir. Era como se tudo tivesse contra nós.

Paredes de Coura - Prólogo

Este ano, comecei as minhas férias de Verão de uma forma diferente. Deixei a praia de lado e rumei ao Minho com escala em Vila Velha de Ródão.

Arranquei na segunda-feira à noite, indo acabar a noite numa festinha popular nos Perais. Igual a tantas outras... música de baile, cerveja a correr e os amigos de ocasião.

No dia seguinte, apanhar a A23 em direcção à Guarda. Na saída da A25 em Albergaria, virei na primeira saída que diz Porto, depois de ter percebido, tarde demais, que essa saída dizia respeito à Estrada Nacional e não à Auto-Estrada como pretendia. Sem vontade de virar para trás, acabei por virar à esquerda numa placa que dizia Estarreja... onde me fui meter. Ele era uma estrada muito estreitinha no meio dos eucaliptos, muitas curvas e parecendo que leva a lado nenhum. Esta gente no Norte não sabe o que são estradas ?

Mas o engano teve um final feliz, e melhor do que pretendia. Apanhando a estrada da Estarreja para Santa Maria da Feira, lá descobri o nó da Auto-Estrada, mas em vez de entrar na A1, com portagem, entrei na A29 em direcção ao Porto e sem portagem. Algumas coisas descobri...

1) Existe uma A44 !!! (quarenta e quatro !!!). Quer isto dizer que existem 44 auto-estradas neste ridículo rectângulo à beira-mar plantado ??? E ainda falam de crise...
2) No norte não existem portagens. É possível ir do Porto a Aveiro em Auto-Estrada completamente de borla. (Pronto, Estarreja).

Depois de almoçar no Porto e apanhar a Ana, desesperada à nossa espera com tanto atraso, lá fizemos os últimos quilómetros em direcção a Valença, à Residencial e ao festival de Paredes de Coura.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Saúde

Neste fim de semana... terceiro post a falar no fim de semana e já vamos na quarta-feira. Sinal mais que inequívoco que preciso de férias.

Como ia a escrever, neste fim de semana... É já para a semana !!! :-)))))))))))))))))

Bem... No fim de semana que passou, aquele que fui a Castelo Branco, Vila Velha e Sertã, estive com particular apetite... para não chamar fome. Comi com prazer... Houve alturas em que precisei desesperadamente de comida. Algo que normalmente é associado com saúde. Normalmente as doenças têm sempre associado como primeiro sintoma: "Perda de apetite".

Por acaso comentei este fenómeno a alguém: "Este fim de semana, tive particular apetite !"

No dia seguinte a resposta não se fez esperar: "Pode ser diabetes ou falta de açucar no sangue... é melhor ires ao médico!" Pouco faltou para desligar um telefone na cara...

terça-feira, agosto 08, 2006

Há festa na aldeia

No sábado fui para a Cumeada, perto da Sertã para as festas anuais onde o cartaz anunciava os Xutos & Pontapés. Saí de Vila Velha perto das oito, subi pela estrada nova até à A 23. Saí no nó do IC 8 em direcção a Proença apontando o carro em direcção a uma espessa coluna de fumo negro que se elevava no horizonte... Fruta da época nos 40 graus da Beira Interior.

Atrás de nós seguia uma patrulha da Brigada de Trânsito, e a minha prima, com pena de cassação da carta suspensa, cumpriu integralmente o código, o que obrigava a andar muito devagar (50) nas inúmeras localidades do percurso.

Pouco antes de Proença aproxima-se o carro da BT com os pirilampos acesos. Posso dizer que a minha prima estava preocupada, e comentava o que foi agora ??? Mas o carro passou e continuou a acelerar pela estrada fora. Entretanto em Proença a coluna de fumo estava mais próxima, e por perto viam-se aviões de combate a incêndio a voar. Já comentávamos se haveria festinha.

Quase a chegar à Sertã deparamos com a brigada que nos havia seguido uns quilómetros antes com o carro atravessado na IC8 a desviar o trânsito para a saída. Cumprimos, indo apanhar a velha estrada nacional que atravessava a serra entre Proença e Sertã. Os poucos quilómetros para a Sertã foram feitos junto da mata negra fumegante com uns ocasionais carros de combate a incêndio na berma.

Chegados à Sertã, mergulhada em fumo, com o som permanente de helicópteros, procurámos pela Cumeada. Agora convencidos que festa seria coisa que não haveria. Enquanto procurávamos, e passando por umas das ruas da vila, demos conta que o fogo estava a poucos metros das casas, apesar dos inúmeros bombeiros na vila, dos 3 aviões e 2 helicópteros.

Não conseguindo encontrar qualquer placa denunciando a aldeia, nosso destino, telefonou-se para um amigo da minha prima, conhecedor da zona. Destino a Vila de Rei. Óptimo, sentido contrário. Fuja-se do Inferno.

Poucos minutos depois estávamos na Cumeada, a uns quilómetros confortáveis das colunas de fumo, que felizmente não caíam em cima de nós. Também felizmente, com a noite deixou de se ver o clarão alaranjado por trás dos montes da Sertã. Sinal que o esforço dos bombeiros foi recompensado, ou que verde é coisa que já não há para estas zonas.

Sobre o concerto... quase igual a tantos outros. Depois da Casinha, ainda houve espaço para os contentores, sinal de que a festa estava a ser óptima.

domingo, agosto 06, 2006

15 anos

Atirei o número para o ar, quando regressava de Castelo Branco para Vila Velha na sexta-feira à noite e no rádio começava a passar o Sangue Oculto dos GNR.

Cheguei à cidade no comboio da noite, e depois de comer qualquer coisa no café do costume fui para a novidade local, as popularmente denominadas docas secas. Mesmo sem ter escondido a minha decepção com o local, ainda bebi uma killkenny num bar irlandês que passava músicas bastante antigas, mas tão antigas como más. São o pior dos anos oitenta a dominar a noite albicastrense. Ainda dei um salto ao deserto património, para acabar a noite e regressar a Vila Velha.

Aos acordes da música dos GNR voltei a estimar a idade da música, 15 anos. O que me fez voltar atrás no tempo a uma noite de Maio de 1991 em que fui para a cidade dos estudantes em plena queima das fitas. Os GNR tocavam em concerto a apresentação do Rock in Rio. Sim, foi mesmo há quinze anos e na noite de sexta-feira lembrei como se tivesse sido ontem, a noite coimbrã, as cervejas no jardim da cidade, as capas dos estudantes e o regresso a casa num repleto comboio às 4 da manhã.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Ginásio Gay

Hoje fui mais uma vez ao ginásio. Até parece que ando aplicado naquilo. Ao fim de 6 meses de utilização, ainda não desisti.

Algo de estranho se passava. O ginásio estava particularmente silencioso. Por momentos pensei que Agosto fazia os seus estragos na capital, mas rapidamente me apercebi que não havia mulheres.

Parece que estão com obras no balneário feminino, donde não haverão mulheres no ginásio durante uns tempos, ou haverão as mais badalhocas. Vou mudar de ginásio durante as férias, não quero andar num ginásio gay.